tag:blogger.com,1999:blog-10908501042987330612024-03-14T06:41:09.104-03:00Silmar Prado MachadoSou eu e um pouco de mim.Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.comBlogger82125tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-70827881375155448742013-02-05T22:22:00.001-02:002013-02-05T22:22:15.205-02:00Caminho para minha humanidade<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Escrever tem se tornado o ponto mais próximo que alcanço, mais próximo à liberdade. </span><div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fico preso nas palavras, mas eu as escolho. Escolho qual palavra vai me matar, qual me fará viver. Decido, na ponta dos meus dedos, como me sentirei livre. Aqui, na tela do computador, ou num papel. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quero levar tudo pra onde melhor se encaixar, também quero me desencaixar. Me sentir bem, desencaixado, mas não perdido. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O caminho a ser percorrido não tem sido tarefa fácil. Complicado, mas não impossível. Dia a dia eu sento e levanto, respiro e como. Mas, muito além disso, tenho vivido. Me tornado humano, demasiadamente humano. O erro ainda não encontrei. Não sei se tem. Me importar pouco menos com os problemas que não posso resolver de imediato, e me poupar dos problemas que, por mais que não sejam diretamente meus, tento carregar nas costas.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tornar-se humano tem sido uma tarefa bem difícil.</span></div>
Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-31817648254164886052013-02-05T22:04:00.000-02:002013-02-05T22:04:43.145-02:00A travessia<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Me sinto em um momento de transgressão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Talvez esteja sendo extremamente prepotente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Talvez modesto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ou talvez nenhum dos dois.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não sei se é saudade. Talvez seja medo de verdade. Porque você já sabe como é e como era, e, usando a ótima metáfora de travessia da rua, você não sabe como é do outro lado:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Seco ou molhado, se um caminhão te atropela no meio da travessia ou se você chega lá com sorte, são e salvo".</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estou com medo, com bipolaridade, mudanças repentinas de humor, de saco cheio.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acho que estou crescendo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acho que estou regredindo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acho que estou humano.</span>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-65666522834316319442013-02-05T22:02:00.001-02:002013-02-05T22:02:30.905-02:00Sobre viver - texto incompleto<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: normal;">Sinto uma fome estranha, um calor incontrolável, um sentimento de dor e de plenitude.</span><br />
<div style="line-height: normal;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não quero diminuir todas as alegrias, nem diminuir as dores. Vou deixar todos os gostos amargos me levarem, todos os gostos doces me sugarem e todos os gostos azedos me libertarem. </span></div>
<div style="line-height: normal;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Me deixem subir, crescer, nascer e morrer!</span></div>
Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-50548175823570902022013-02-05T22:01:00.001-02:002013-02-05T22:01:48.905-02:00Amores de botecos<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;" /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;">Ensaiei durante meses um texto. Andei por todos os cantos do quarto, por todos os cômodos da casa. Andei pelas ruas, pelas calçadas. Em cada esquina, um amigo. Em cada esquina, uma paixão. Me alimentei de amigos, de amores de botecos.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto;">Todos os amores são projetos de um tombo, só depende de como você cai.</span>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-59692069276728483432013-02-05T22:00:00.001-02:002013-02-05T22:00:29.871-02:00Das épocas que não sentia...<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não sinto sono porque já não sinto nada há muito tempo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não sinto frio nos dias de inverno</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">nem calor nos mais quentes dias de verão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não sinto sede se corro</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não sinto fome se acordo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nem fome se trabalho, nem fome se vivo, se respiro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já não sinto o ar, não sinto o vento nem sinto a água da chuva.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Perdi o tato e perdi o paladar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Perdi o olfato e perdi a visão.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Me resta agora uma memória quase desmemoriada</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Me resta agora um coração.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E eu já não sei</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nao sei se quero fazer esse coração bater.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vai doer e vai arder</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vai coçar e bater mais forte</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E vai ser cada vez mais intenso.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não sei se estou preparado para escrever.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não sei se estou preparado para voltar a viver.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Posso sentir, nesse exato momento, um bater descompassado</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desacelerado, fraco, frágil, totalmente fora de ritmo</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um passista que se perdeu na avenida</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um violino que estoura a corda</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Perde totalmente o ritmo da sinfonia, da ópera, da vida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tão frágil que qualquer sentimento o fará parar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma parada brusca, de susto.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já não sinto medo</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">se me apontoam uma arma, se atiram,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">se sangro, se me machucho.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já não sou mais tão humano.</span>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-31995612830428911262013-01-29T12:47:00.001-02:002013-01-29T15:36:57.120-02:00Dia Nacional da Visibilidade Trans - Sobre a liberdade do corpo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No Dia Nacional da Visibilidade Trans, eu não vou fazer um post qualquer. Vou escrever. Uma nota, um texto. Preciso falar o quanto as pessoas trans e suas histórias são importantes para mim. O quanto eu aprendi com essas pessoas, o quanto eu aprendo a cada dia. Preciso falar o quanto as respeito, como elas se portam como seres humanos únicos, livres. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vivi e vivo num circuito misto: homossexuais, heterossexuais, bissexuais, queers, trangêneros, transexuais, travestis, drag queens. A experiência de vida de cada uma dessas pessoas, seres humanos como todos nós, é lição de vivência, de superação e de objetivos. Percebi, depois de anos, que esses seres humanos incríveis estão à margem da nossa sociedade. São transgressores. TRANSGRESSORES. Eles destroem todos nossos preconceitos, toda a normatização a qual somos instrinsicamente condicionados a acreditar, a botar fé. Esses transgressores me deram e continuam dando tapas na cara, me dão socos e chutes de realidade. Cada comentário transfóbico dentro do próprio círculo LGBT me faz perceber o quanto esses transgressores precisam ser aplaudidos, de pé. Ovaciono cada um deles. Cada um que não se submete aos padrões de comportamento impostos por nascer com pênis, com vagina, com os dois. Ovaciono de baixo, porque não me considero ninguém perto deles. Sou um grão de areia que, ao lado deles, aprendo cada vez mais, me torno rocha. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Transfomar o próprio corpo é uma situação diária. É uma transgressão por palavras, por gestos, roupas, comportamentos na cama, perfomances no trabalho, na rua, no ônibus, na padaria, no mercado, no banco. Esses transgressores são a matéria bruta da alma. Se tornaram a matéria bruta da minha alma. Precisei morrer diversas vezes para saber como sobreviver como eles. Eles vivem, sobrevivem. E nós, o que fazemos? Vivemos nossa rotina, banal, por vezes fugimos, corremos, para poupar nosso corpo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sinto o machismo no movimento feminista. Sim, existe transfobia. Sim, existe homofobia. Em graus diferentes, mas existe. Luto para que o movimento feminista aceite o grupo trans e queer. Uma aceitação básica, humana. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quero que saibam o quantosou grato por abrirem meus olhos. Quero, aqui, jurar que SEMPRE vou lutar ao lado de vocês. De todas as minorias, de todos que são massacradaos. MASSACRADOS POR REGRAS QUE NÃO FORAM FEITAS POR NÓS, NEM PARA NÓS.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nós somos o futuro. Pode não ser eu, nem você. Mas começamos a mudança. Nós somos a mudança que queremos, devemos ser essa mundança. Diária, contínua e que JAMAIS acabará. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nós somos a mudança. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parabéns a todos seres humanos que lutam. Que não abaixam a cabeça. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parabéns a quem exige a liberdade do próprio corpo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E obrigado. Meu humilde e sincero: obrigado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnYhxrk2a1bcvU7I4GQ-2z75IzM4X_jKWUzeB-eRNPUz7vONR4xL394HfIv6hC6Ih6soFNJjU53t4_A3KXO_DW6g6cXesNC4sC_WcmijLQQBHiEltNDxZhtnfTDWa5VB9oz0U6r-k94Gk/s1600/533609_370619169704099_1763574668_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnYhxrk2a1bcvU7I4GQ-2z75IzM4X_jKWUzeB-eRNPUz7vONR4xL394HfIv6hC6Ih6soFNJjU53t4_A3KXO_DW6g6cXesNC4sC_WcmijLQQBHiEltNDxZhtnfTDWa5VB9oz0U6r-k94Gk/s320/533609_370619169704099_1763574668_n.jpg" width="229" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
</div>
Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-45286321866546054842010-11-11T01:15:00.006-02:002010-11-11T01:56:32.559-02:00Saí e me perdi no caminho de volta<div style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Tento entender como as pessoas normais pensam. Como elas estabelecem conexões com a realidade. Às vezes acho que sou eu quem está no mundo real e os outros, num paralelo. Não consigo aceitar as relações de amizades. Como misturar os círculos de amizade? Como misturar os distintos tipos de caráter? </span></span></span></div><div style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Tento manter equilibrado meu pleno juíz</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">o, que mais parece um equilibrista na corda bamba, tropeçando e cambaleando para a</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"> direita e para a esquerda. Minha sanidade parece ter vida própria: ela brinca comigo, me ilude e faz tudo parecer tão normal quanto a própria normalidade.</span></span></div><div style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Minha vertigem não é normal. Já não tenho o mesmo cérebro que tinha há cinco anos.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">A degeneração constante parece que não pode ser impedida. Um trem do leste europeu vazio, numa velocidade absurda: nada pode pará-lo, mas não há nada a perder. Sinto aquela sensação de que o vento está tão forte no meu rosto que não consigo respirar... mas quando percebo, estou parado ou andando lentamente. Já não faz </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; ">mais sentido meu tato e os sinais que meus nervos emitem... Parece um plano arquitetado pelo meu próprio cérebro, uma bomba relógio que irá explodir quando bem entender...</span></div><div style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Sinto muito se decepcionei vocês, </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">m</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span">as é assim que deve ser. Não corra riscos, não corra contra os instintos do seu corpo. É inevitável... é por t</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; ">empo indeterminado.</span></div><div style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Mas é só dessa maneira que me sinto vivo. Que saberei que um dia estive aqui.</span></span></span></div><div style="text-align: center;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibpSc19-YWUOYZj9YJGq78Fs2SgsYbsVP0QqPz3NmY-SPS2fWU_6aUB5hi72WZPW4m73ywbVSoAW_PUULSremW_PxGJRXY_f3Bvyq-P3VQo6Kc9mKLFgcSQ-dKLqf1NYch2c6E8UUp2k4/s400/je+t%2527aime%252C+je+pass.jpg" style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5538135998796381010" /></span></div><div style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br /></span></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div></span></div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-28210014613617353952010-10-27T01:59:00.003-02:002010-10-27T02:06:11.132-02:00DoloresA dor atinge a intimidade, nosso núcleo. Invade de uma tal maneira que sucumbimos.<div>Ela fura. Perfura e rasga nossas entranhas. Rasga a nossa pele com dentes mal afiados. Cospe em cima das feridas. Joga areia, pimenta! nos olhos, e nos deixa ver a luz após a escuridão. </div><div>A dor é o choque. Nos faz sofrer e agonizar. E continua com o choque - sempre mais potente. Não para e aumenta a voltagem! Assim, quando estamos nos acostumando com a dor, ela vem e apunhala nossas têmporas vagarosamente. </div><div><br /></div><div>A dor, ela arranca nossas pálpebras. Nos força a ver o que realmente é. Mas dói.</div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-83943099772685943182010-10-15T03:41:00.006-03:002010-10-15T04:34:16.451-03:00Eu não faço poesia<div><p class="MsoNormal">Limito-me a descobrir o fim do infinito. Procuro a concordância do incoerente.</p> <p class="MsoNormal">Encontro as mil paredes do universo e deságuo dois mil litros de sangue, água púrpura do agreste nordestino. Coloco nas costas a culpa que o mundo não se culpa, o tom mais pesado daqueles que não têm culpa.</p> <p class="MsoNormal">Traço e rabisco a primeira estrofe do verso e do versus, do contra e do favor (por favor). Subo alto. Subo até dois pés acima do cume da montanha. Dois pés impossíveis, invisíveis. Bebo essa água púrpura pra sentir o drama. Para sentir. É assim que me sinto. Não faço poesia.</p> <p class="MsoNormal">Sinto.</p><p class="MsoNormal">(pausa)</p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Impossível? – risos.</p><p class="MsoNormal">Eu amo desafios.</p></div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-7769493161461120862010-10-05T03:53:00.002-03:002010-10-05T04:00:37.026-03:00Desabafo #1<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" >Uma das coisas que mais me admirou no ser humano é a sua falta de caráter. A minha capacidade de confiar neles diminui ao passo em que eu os conheço. Isso é ótimo. Quando eu consigo, da forma mais patética e ridícula possível, confiar nessa espécie animal vagabunda que nós somos, alguém, dessa mesma espécie e exemplo perfeito de lixo humano, aparece na minha vida para mostrar que eu não estava errado e que não somos dignos de existir. </span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" >"Eu tenho plena convicção de que você não vai ler esse e-mail. Mais ainda, eu tenho certeza que você não responderá. Não é uso de psicologia reversa, é simplesmente a realidade. Não espero uma resposta." </span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" >Escrevo apenas para poder tirar todo o resto de humanidade com cheiro de chorume que você deixou. Se o meu coração chegou a bater acelerado por você, peço desculpas agora, porque você merece coisa melhor: uma simples, alienada, forte e burra pessoa ao seu lado. Ou melhor: merece ficar com várias pessoas para o resto da vida. Merece alguém que fique com você e que tenham uma vida normal - exatamente nos seus parâmetros - e que morram juntos, nem antes, nem depois. O "<i>não morra antes de mim</i>" é babaquice demais para você. Seja, da forma mais simples ou espetacular, no seu ponto de vista, feliz. </span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" >Com todas as possíveis tristezas e felicidades dividindo o mesmo espaço, eu me despeço. Sei que esse texto é pouco para limpar a mancha que você deixou, mas é só dessa forma que eu vou conseguir começar. E por favor, se passar pela sua cabeça que eu quero uma resposta, responda da forma mais grossa e pessoal - assim me ajuda a limpar tudo.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><span class="Apple-style-span" >Este e-mail foi enviado para alguém que eu nem sei mais quem é. Não sei se eu conheci realmente, não sei nem se cheguei a conhecê-lo. E nesse momento, às 03h59min do dia 5 de outubro, eu aceitei pela primeira vez que ele saiu da minha vida. Eu choro, eu soluço quase mudo e fumo desesperadamente. Mas tudo isso abafa e simula uma realidade que quase não é minha.</span></span></span></div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-22652631228604228692010-09-12T22:54:00.001-03:002010-09-12T22:54:45.096-03:00Veneno<p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Se tirar um pedaço de mim era o que você queria, você conseguiu.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Se roubar minha esperança em alguém era o que você mais sonhava, que queria fazer disso uma Odisséia: você é meu Ulisses.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">E se quando você disse que me amava era pra poder me dar conforto e me afagar da forma mais sutil possível, agora estou deitado em uma cama de ouriços do mar, venenosos, letais, infernais. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Se me tornei cego por um momento, queria na verdade ver até onde ia você e sua paixão. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">E se a forma covarde como você age é o máximo que eu consigo ter, eu espero ser o único a sentir o gosto amargo e quente da pólvora.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Espero ser o único a ver o próprio sangue derramado no piso do corredor de casa, vermelho-paixão e quente que cause combustão.</p><p></p>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-52591332445780730982010-08-16T01:37:00.000-03:002010-08-16T01:39:12.467-03:00A matéria bruta da alma<p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Sempre me confundo com a data em que nasci. Sou incapaz de me recordar exatamente a primeira vez que respirei. Talvez tenha ocorrido diversas vezes e eu parei de contar na terceira – ou nunca contara. Talvez a data de nascimento exata seja aquela que consta nos autos dos documentos de onde eu vivo. Mas eu mesmo poderia adulterar incoerentemente e ilegalmente de alguma forma.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Certo é que eu me sinto nascendo quando respiro de uma forma diferente. Um suspiro seguido de um arfar tão intenso que me lembra o primeiro suspiro de alguém nascido. Aqueles que não nasceram, mesmo agora vivos, não sabem do que estou falando e talvez nunca saibam. Mas não me importo tanto assim com eles.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">O frenesi das primeiras respirações é intenso. Os brônquios pulmonares gritam e gritam desesperadamente. Também não me importo com eles. Uma hora ou outra, eu mesmo não vou saber o que é esse respirar. Não vou saber ‘como’ respirar. Também não me importo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Estar vivo pela primeira vez não me satisfez. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Precisei morrer diversas vezes até saber como não viver mais. Até agora não aprendi como não sobreviver. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Há aqueles que sabem do que eu estou falando. Aqueles que não sabem, aconselho a parar de ler agora. Na leia as próximas linhas, frases, parágrafos. Não leia mais nada na sua vida. Tornar-se ignorante novamente, com apenas uma vida vivida, seria o Éden pra mim. Mas é tarde pra que eu consiga sair desse inferno que entrei. Fui jogado. Enterrado vivo. Jogaram cinzas do holocausto sob e sobre meu túmulo. Agora vivo de uma forma ofuscada, fedida e encantadoramente assustadora. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Também não me importo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Continuo na inércia de quem só vê o mundo de maneira despreparada. Não sei quantas vezes mais vou precisar viver e morrer, morrer mais vezes. Morrer de formas humanamente impossíveis. Se você já morreu de formas inumanas, não me ensine. Quero aprender e apreender todas elas em uma só vida. Uma vida viva. O medo de me tornar humana me transforma <st1:personname productid="em coisa. Tão" st="on">em coisa. Tão</st1:personname> exótica e comum aos olhos de todos, que eu mesmo me enojo. Mas não tenho escolhas. Preciso ficar nesse inferno até aprender a morrer. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Dias se passam e a inércia e merda do mundo continua vivendo sua patética vida. Ninguém para. Quando para, é pra sempre. É preciso saber ressuscitar. Dar o primeiro suspiro novamente. Expirar cada vez mais forte. Assustar sua incerteza. Mas continuar incerto, até acertar. Não acerte. Torne incerto para que todos outros se percam e tentem se achar. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Achar-me consome mais tempo do que imaginei um dia. Há anos tento, procuro e cavo sempre pra cima. Mas faço o caminho inverso. Cavo mais fundo ainda meu túmulo, sonhando estar cavando na direção certa. Sou guiado pela fé de que um dia encontrarei o ápice da humanidade. O ponto ‘g’ decisivo, incisivo. Rogo pelos que rogam e faço uma prece que parem. Não é possível tornar-se humano. Mas desistir de tentar me consumiria algo mais valioso: minha morte. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Capitulo Final</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Matar é algo saboroso. Aos olhos de quem vê, de quem mata e de quem morre. A mensagem rápida e segura da morte. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Quem vê o assassino não sabe o gosto que ele sente na boca. Não sabe o gosto que ele sente ao dar cabo à vida de outra pessoa. O sabor de tirar a humanidade de alguém. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">O assassino tira alguém da humanidade. Controla e estipula a vida. Põe ela em forma do que quiser, tal como a massa de modelar. A matéria bruta da alma se torna tão maleável como o aço. Quebrar mesas de mármore se torna fácil depois que matamos alguém. Entrar na água, líquida e densa até certo ponto torna-se impossível. A água é impenetrável – para quem mata e para quem morre. Quem assiste, consegue penetrá-la de forma sutil</p>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-53909106923731378892010-08-09T01:11:00.003-03:002010-08-09T01:22:15.605-03:00Receita caseiraIninterruptamente o problema da saudade persiste. <div>Para resolver o problema utilize a seguinte receita:</div><div>1 pitada de raiva</div><div>2 xícaras de chá de música alegre</div><div>3 xícaras de chá de música triste (pode-se usar também música down de origem estrangeira)</div><div>7 colheres generosas de amor</div><div>Lembranças de bons momentos juntos à gosto. </div><div><br /></div><div>Reserve em um recipiente maus momentos, ciúmes e a saudade que restar.</div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-78383211652597834982010-07-20T22:06:00.006-03:002010-07-20T22:28:26.570-03:00Liberdade é ter onde voar e onde cantar e onde pousar<div style="text-align: justify;">Há tempos não me sentia assim. Talvez senti em duas ou três vidas atrás.</div><div style="text-align: justify;">Agora sinto um gosto amargo. Mastigo o doce do céu e do açúcar do café pra tentar minimizar os golpes cada vez mais intensos e amargos. </div><div style="text-align: justify;">Sangro por dentro, uma hemorragia psicológica tão intensa que fico sem forças pra levantar. Sento e só me vem lembranças. </div><div style="text-align: justify;">Então eu deito e antes de dar um suspiro, mergulho numa correnteza de pensamentos tão forte que me arrasta pra não sei onde, me vira e revira de cabeça pra baixo e perco totalmente a direção. Me afogo em histórias que não aconteceram por bem ou por mal. Melhor: me afogo em histórias que não aconteceram porque ainda não é tempo, não há e não houve tempo.</div><div style="text-align: justify;">Então eu acordo, me sento e acontece tudo novamente: sento-me, vem pensamentos, deito-me, revira-me e afogo-me.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Digamos que acordado perdi o chão. Perdi meu chão. </div><div style="text-align: justify;">O que me consola é saber que pássaros não tocam no chão ao voar e cantam quando param em uma árvore aconchegante, até poder novamente tocar no <b>chão</b>.</div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-25047293440344753502010-07-10T02:43:00.001-03:002010-07-10T02:43:49.905-03:00Autor Desconhecido<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Lucida Grande', sans-serif; font-size: 14px; color: rgb(51, 51, 51); line-height: 16px; "> <span class="entry-content" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; ">Só se sabe o que é amor quando dele já sofreu. Não há cura, não há mistério: seja espancado por ele e se entregue.</span></span>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-32271043387079313802010-06-27T21:19:00.002-03:002010-06-27T21:28:44.942-03:00NovoTudo cansa ver, pouco nos resta pra sentir.<div>A mudança sempre vem quando menos nos esperamos. Nunca estamos preparados, com malas prontas. Nosso coração ainda tem as feridas frescas e as cicatrizes não pensam em agir tão cedo.</div><div>As poucas lembranças boas são quase invisíveis e fracas. As más? Brutas. </div><div>Tentativas incessantes, insistentes e frustradas de esquecer algo que está na sua história.</div><div>O rumo que as coisas tomam fogem daquele que foi estabelecido. A gente se perde por um momento, mas se o novo rumo for o certo, te coloca no eixo e tu segue adiante.</div><div> </div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-88048253115381507492010-05-23T23:12:00.003-03:002010-05-23T23:38:10.162-03:00Sou esteEu sou daqueles que gosta de ver o vento mudar lentamente a forma das nuvens no ar frio do outono.<div>Daqueles que ri no pior lugar para se lembrar de alguma coisa cômica.</div><div>Daqueles que ama ver quando o vento bate em uma parede e forma um pequeno redemoinho, levantando o papel e as folhas caídas - é que as folhas saem do rumo, perdem o prumo.</div><div>Sem devaneios, mas me distraio com coisas esquisitas, angustiantes e simples.</div><div>Não sou uma salada - sou daqueles monocromáticos.</div><div><br /></div><div>Eu sou este.</div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-83692207456378020862010-04-25T20:56:00.000-03:002010-04-25T20:57:52.958-03:00William, te explico:<div>pra amar alguém</div><div>eu tenho que ultrapassar todos os meus limites</div><div>colocar mais de um lado e tirar do outro</div><div>ou somente colocar mais de um lado,</div><div>desproporcionalmente</div><div>minha racionalidade não aceita e eu fico extremamente vulnerável, inconstante, desequilibrado e inspirado</div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-87153689599379764412010-04-18T16:40:00.008-03:002010-04-24T09:41:57.642-03:00Não posso ser um, preciso ser dois.As minhas pernas ficam tremendo como se eu fosse sair correndo sem olhar pra trás, disparado, ao mesmo tempo lento, pesado e leve. <div>As mãos não respondem sempre aos comando desejados e, por mais que eu queira, as extremidades dos dedos insistentemente apertam todas as teclas necessárias para ouvir você do outro lado. Eu posso sentir o que você sente, eu posso saber exatamente o que você sentiria se eu falasse, depois de tanto tempo: "eu te amo"... Eu posso ir aonde você esta, posso ouvir o que você ouve... </div><div>Eu posso fazer você e eu nos tornarmos um só, todos os sentimentos convergindo e sincronizados. Nossa raiva um do outro seria intensamente uma só, nosso amor intensamente um só.</div><div>Acho que foi por isso que nunca ficamos e talvez não vamos ficar juntos. Eu preciso ter os meus sentimentos, todos eles incompletos, controversos e intensos somente no meu corpo. Você precisa dos seus desequilíbrios e inseguranças somente pra você. Eu preciso do meu ódio e da minha misantropia somente pra mim.</div><div></div><div>Espero que hoje você saiba como ser dois. Eu aprendi na escuridão como ser um na solidão e dois no amor. </div><div>Acontece que eu e você vamos contra natureza, contra a física: tentamos ser um só, quando os dois queriam ser dois, mas juntos. Dois imãs que se atraem e que se retraem, uma correnteza que sobe. Tudo fica errado na ordem natural das coisas.</div><div><br /></div><div><br /></div><div></div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-69054019735339196282010-03-29T11:58:00.002-03:002010-03-29T12:04:37.545-03:00Dia do amorTem uma agonia tão grande no meu peito nesse momento, uma aversão enorme contra o ser humano.<br />Acho que se alguém encostar em mim, eu vou surtar.<br />Queria que várias bombas explodissem no metrô, no centro das cidades, que muita gente sofresse.<br />Parece que o ser humano só acorda quando sofre. Então o mundo precisa sofrer, sentir o gosto amargo, frio e azedo que é a dor.<br />Queria explodir e atingir o maior número possível de pessoas com realidade e atitute.Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-78527288409625021632010-03-12T00:54:00.003-03:002010-03-12T00:59:10.199-03:00Reinvente seu AMORAs vezes os amores são seguramente a maneira mais inusitada de sofrimento.<div>As vezes o amor é, seguramente, a maneira mais ridícula de ficar feliz.</div><div>Talvez a tristeza de alguém ao meu lado traga uma tempestade incontrolável. </div><div>Talvez essa chuva molhe um campo seco, uma terra rachada de tanto sofrer com o sol.</div><div>Talvez uma linda rosa morra afogada, uma pele seca se encha de umidade.</div><div><br /></div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-57943723319355365182010-02-28T19:42:00.005-03:002010-02-28T20:13:26.602-03:00PreferênciasPrefiro que tenham menos noção da minha vida.<div>Prefiro a morte natural ao suicídio, o frio ao calor, a chuva ao sol.</div><div>Prefiro sofrer à morrer sozinho, prefiro dias de risos aos dias de brigas.</div><div><br /></div><div>Preferiria ser seco e frígido como um superfície de mármore, onde só a lava recém brotada pode esquentar.</div><div>Preferiria ter menos amigos, menos amores, menos paixões que a cada dia deixam meu coração mais e mais maduro.</div><div><br /></div><div>Mas como já dizem, é bom quando causa estrago, quando dói.</div><div>É bom quando eu me sinto vivo e tenho plena convicção de que posso viver. </div><div>Por que sinto todos meus músculos se contraírem, sinto meus lábios se movendo para dar um leve sorriso, minhas sombrancelhas se juntando quando estou com raiva e o músculo mais agitado do meu corpo: sinto meu coração bater freneticamente de novo.</div><div><br /></div><div><br /></div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-23951890034985190962010-02-07T21:30:00.004-02:002010-02-07T21:47:40.342-02:00(No) More cigarettes<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTepMXqRfiSRalzLKCV57hcf-b3PtyZqfEI2xp0cbQNMdpDkKLEQw7wrv7uWnRm1hp_hVeECzC6uFl6WicOR2qE_k79CDcTf8gwor67OcbbCPuo3MEdgw-rmPj7GXYKCbZLbKOaLh-SyI/s1600-h/cigarettes.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTepMXqRfiSRalzLKCV57hcf-b3PtyZqfEI2xp0cbQNMdpDkKLEQw7wrv7uWnRm1hp_hVeECzC6uFl6WicOR2qE_k79CDcTf8gwor67OcbbCPuo3MEdgw-rmPj7GXYKCbZLbKOaLh-SyI/s320/cigarettes.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5435652249048115282" /></a><br />Quando a fumaça do cigarro encontrou a superfície gelada da parede, ficou mais difícil de respirar.<div>Encostado e de costas pra ele, eu não sentia meus pés, nem minhas mãos: sentia apenas seu coração batendo mais forte.</div><div>O meu? Nunca parou de bater com tanta força quando encontrava ele.</div><div>Não precisaria enxergar, nem ouvir, nem falar... </div><div>O que me conforta é sentir sua presença.</div><div><br /></div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-42262435070681114692010-01-27T22:34:00.005-02:002011-11-09T03:26:32.435-02:00A droga mais forte<div style="text-align: justify;">Há alguns em que eu choro se me dão as costas, em que eu amo as risadas gostosas e aconchegantes dos meus amigos.</div><div style="text-align: justify;">Eu sou viciado neles. São a morfina mais forte que eu poderia querer. São o ópio que eu uso pra fugir da realidade que me deixa desconfortável.</div><div style="text-align: justify;">E são por esses que eu tento viver sem querer parar. Quero ouvir a voz deles até o último bater do meu coração. Quero sentir o efeito dessas drogas pra eu pensar em outras coisas, pensar que pode melhorar e que eles são o reflexo da minha existência.</div><div style="text-align: justify;">E quando eu não aguentar mais, quando for um viciado em decadência, quero olhar pra eles e fazê-los dar o último sorriso que eu poderia ver. Seria minha overdose. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Obrigado Zaíra, Ana, Ana Cláudia, Cristiane, Bruna, Ana Paula, Janaina, Carol e Daiane, por terem tanta paciência comigo, esse meu jeito um tanto quanto cabeça-dura. </div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1090850104298733061.post-33485566435659274002010-01-26T23:26:00.003-02:002010-01-26T23:38:20.338-02:00Um pedaçoNessa manhã eu acordei achando que era um dia qualquer.<div>Me espreguicei lenta e preguiçosamente como sempre e joguei meus pés no chinelo já gasto.</div><div>Senti suas alças passarem por entre meus dedos, tão leve que achei não ter conseguido colocá-los corretamente.</div><div>Olhei para eles, pela primeira vez hoje, e percebi que havia acertado o alvo. </div><div>Mas algo estava estranho. </div><div>Quando dei o impulso necessário para me levantar, achei que ainda estava deitado com o peso distribuído uniformemente em meu corpo.</div><div>Demorei pra entender o que se passava. </div><div>Olhei novamente para meus pés e depois olhei pela primeira vez no meu travesseiro. Só aí me lembrei da noite passada.</div><div>Me lembrei que aquela água salgada no travesseiro eram lágrimas. Mas lágrimas de felicidade que com elas, você saiu e agora, nunca mais vai voltar.</div><div>Então dei apenas alguns passos à frente, abri a a janela do quarto e respirei, depois de anos, profunda e calorosamente. </div><div>Achei que meus pulmões não iriam suportar. Mas meu cérebro mandou uma mensagem que passou diante dos meus olhos e foi direto para o coração, que bateu regularmente.</div><div><br /></div><div>A mensagem dizia:</div><div>"Pronto, agora você pode amar"</div>Silmar Prado Machadohttp://www.blogger.com/profile/11425638085919560998noreply@blogger.com4