20 julho 2010

Liberdade é ter onde voar e onde cantar e onde pousar

Há tempos não me sentia assim. Talvez senti em duas ou três vidas atrás.
Agora sinto um gosto amargo. Mastigo o doce do céu e do açúcar do café pra tentar minimizar os golpes cada vez mais intensos e amargos.
Sangro por dentro, uma hemorragia psicológica tão intensa que fico sem forças pra levantar. Sento e só me vem lembranças.
Então eu deito e antes de dar um suspiro, mergulho numa correnteza de pensamentos tão forte que me arrasta pra não sei onde, me vira e revira de cabeça pra baixo e perco totalmente a direção. Me afogo em histórias que não aconteceram por bem ou por mal. Melhor: me afogo em histórias que não aconteceram porque ainda não é tempo, não há e não houve tempo.
Então eu acordo, me sento e acontece tudo novamente: sento-me, vem pensamentos, deito-me, revira-me e afogo-me.

Digamos que acordado perdi o chão. Perdi meu chão.
O que me consola é saber que pássaros não tocam no chão ao voar e cantam quando param em uma árvore aconchegante, até poder novamente tocar no chão.

10 julho 2010

Autor Desconhecido

Só se sabe o que é amor quando dele já sofreu. Não há cura, não há mistério: seja espancado por ele e se entregue.