Limito-me a descobrir o fim do infinito. Procuro a concordância do incoerente.
Encontro as mil paredes do universo e deságuo dois mil litros de sangue, água púrpura do agreste nordestino. Coloco nas costas a culpa que o mundo não se culpa, o tom mais pesado daqueles que não têm culpa.
Traço e rabisco a primeira estrofe do verso e do versus, do contra e do favor (por favor). Subo alto. Subo até dois pés acima do cume da montanha. Dois pés impossíveis, invisíveis. Bebo essa água púrpura pra sentir o drama. Para sentir. É assim que me sinto. Não faço poesia.
Sinto.
(pausa)
Impossível? – risos.
Eu amo desafios.
Um comentário:
Não há como fazer a poesia. É como sentir a vida e ditá-la em um papel. Você é tão fantástico !
Tábatta Iori
álias: tabatta.iori@ig.com.br
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